Um Filme para Amantes dos Livros




A indicação de hoje (ou ultimato) é de um filme espanhol, de nome Nuestros Amantes,escrito e dirigido por Miguel Ángel Lamata.
Como revela o título desse post, é um filme destinado ao público que ama os livros e uma boa dose de romance, pois tem como tema central o conflito das relações, ou seja, a dor e a delícia de se envolver com alguém. Tudo isso regado com uma atmosfera literária.
Pra começar, o filme se passa em uma livraria; mas não é uma livraria comum. É uma livraria que também comercializa cafés e drinks.E o mais maravilhoso é que essa livraria/cafeteria/bar existe de verdade. Chama-se La Bendita e fica na Espanha.
Bem, a trama se concentra em um casal Irene (Michelle Janner) e Carlos (Eduardo Noriega). Irene é extremamente espontânea e frequentadora do La Bendita(é lá que eles se conhecem);já Carlos é mais tímido e logo na primeira cena do filme percebe-se que ele não está muito bem emocionalmente.

“- Por que você foi à livraria? Eu vou muito lá e nunca tinha te visto...
 - Adoro as livrarias! São lugares mágicos.”

O filme tem poucos personagens (sendo dois deles escritores de roteiros e um poeta). Eles são bem construídos, interessantes e sarcásticos (característica inerente de quem já apanhou muito da vida).
Gente, é sério! As conversas entre Irene e Carlos e Carlos e seu melhor amigo são muito boas e cheias de referências literárias.
O filme tem muito diálogo e pouca ação, mas isso não o torna monótono. Muito pelo contrário, aguça a nossa imaginação e até nos dá a sensação de estarmos dentro de um livro.
A fotografia contribui muito pra criar todo esse impacto em nosso coraçãozinho vulnerável à leitura. Afinal, a fotografia deste filme é linda e transmite um clima especial.
Já está com vontade de assistir, né?
Você só entenderá completamente o título depois da metade do filme. Deixa eu parar por aqui senão esse texto vai acabar virando um spoiler.
Ah! Os protagonistas são fãs do Charles Bukowski. Coisa que eu amei (viva o Velho Safado!).

“Ainda é a fim dele?
- Não consigo evitar.
- Ele nem é ‘boa pinta’.
- Não precisa ser; ele é um poeta”   


Por Tête