O mais esperado do ano
Nina é a irmã mais velha dos irmãos Riva, filhos do aclamado
cantor Mick Riva. Todo ano a festa dos Riva é aguardada por muitos. A regra é
simples: se você sabe onde e quando vai ser, você está convidado. Mas ninguém
esperava que a de 1983 saísse do controle do jeito que saiu. Nem que ela
terminasse, literalmente, em chamas.
"Isso deve ser bom. Poder ser uma pessoa fraca. Eu não faço ideia de como é."
Vou ser sincera: eu queria que esse livro superasse Evelyn
Hugo. Queria que abalasse meu mundo e me fizesse chorar igual um bebê. Mas não
foi assim.
O livro é pautado em flashbacks. Lemos as 24 horas do dia da
festa com capítulos voltando lá nos anos 1950 de Malibu e na história dos
personagens. Funcionou pra mim, não me incomodou e eu achei bem fluido.
Eu gostei muito dos quatro irmãos: da união deles, da ponte entre eles, da história de cada um. Nina, Jay, Hud e Kit são reais. É lindo ver eles errando, acertando, se descobrindo e fazendo o necessário para se protegerem e para cuidarem um dos outros. June, a mãe, carrega uma parte muito interessante do livro e eu adorei essa mulher.
Sobre a última cena: eu amei praticamente tudo,
principalmente as coisas que foram ditas e como elas foram ditas.
Ainda assim, o grande problema do livro pra mim estava ali.
Taylor começa a contar histórias sobre vários convidados. Histórias
desnecessárias sobre pessoas irrelevantes. Eu até gostei de algumas, as que
eram de secundários que de fato tinham algum papel dentro do livro. Mas ela
acabou jogando um monte de nome de um monte de gente e embaralhou tudo no final.
Apesar disso e dos outros pequenos pontos negativos, é um
ótimo livro. Compõe lindamente o Taylorverso e me fez refletir muito sobre
vários assuntos. Tem drama, angústia, aflição, amor e todos aqueles sentimentos
comuns de um livro de Taylor Jenkins Reid.
"Fiquei arrasada [...]. Porque eu significava tão pouco pra alguém que me fez acreditar que eu era tão importante."
Em resumo, é uma leitura fácil e divertida que com certeza
vale a pena, mas que passou longe de despertar em mim a cascata de emoções que
a autora é capaz de promover.
Só mais uma coisa: eu não preciso falar da escrita, né?
Todos sabemos que é maravilhosa, certo? Ok, bom.